sábado, 22 de junho de 2013

Santíssima Trindade - Parte II: Manifestagram

Política todo mundo faz, a todo o momento, com seus amigos e familiares, em casa, no colégio, na faculdade ou no trabalho. É a popular “troca de favores” e sem isso não se convive em grupo. Logo, você não tem como odiar a política se não for um ermitão (e aí você não estaria lendo isso).

A representação política (vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e presidente) reflete as características do próprio povo que a elegeu. Se o índice de corrupção é alto nesta representação, é porque a maioria do povo brasileiro tem isso no sangue, infelizmente. Você pode achar que faz parte do grupo que não corrompe e não é corrompido. Mas a corrupção está nas pequenas coisas também. No ato de “molhar a mão” do guarda de trânsito, sonegar o imposto de renda, receber troco a mais e não devolver, comprar ou vender produtos e serviços sem nota fiscal, etc. Se você não tem esse tipo de atitude ou algo semelhante, ótimo. Caso tenha, lamento, mas perde os argumentos usados para reivindicar qualquer coisa.

Ok, você é um cidadão honesto e acha que sua cidade, estado e/ou o país estão mal administrados. Você tem o direito de fazer alguma coisa a respeito, seja conversando com as pessoas, formando grupos de representação de sua comunidade, filiando-se a partidos políticos, votando conscientemente ou se manifestando nas ruas. Primeiro passo: informar-se! É fundamental saber o que falar e a quem direcionar o protesto. No começo das manifestações, as palavras de ordem eram “tarifa mais baixa”, direcionado à prefeitura de São Paulo. Conseguiram a redução, porque o movimento tinha uma pauta definida e concreta, além de um alvo específico. Assim, funciona (apesar de o governo ter mencionado que vai tirar do orçamento de outra área para conseguir manter o valor da tarifa). Mas se for para a rua atirando pra tudo que é lado (em todos os sentidos), não surtirá o efeito desejado. E, pelo que presenciei, a maioria é leiga, muitos estão lá pra fazer festa (e tirar fotos pra “galere do face”) e poucos realmente têm algo a dizer. Sou totalmente a favor de levantar a bunda do sofá, mas com coerência, por favor.


Abraço do Servejão, um anarquista utópico incompreendido, mas com pé no chão.

2 comentários:

  1. Botei fé. A semana foi muito boa pro país. Agora é foco. E a luta continua. Bom texto. E viva a anarquia!

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